
A expressão internetês ganhou muita notoriedade nos últimos tempos e trata-se de uma linguagem usada, geralmente, pelos xóvens na internet, e que a gente usa pra valer em todas as vertentes de comunicação do aiqfome, devido ao seu dinamismo.
O internetês é conhecido por incorporar o dialeto usado no cotidiano para facilitar a comunicação e agilizar a escrita dentro do meio em que estamos inseridos, neste caso, a própria internet.

Mas ele também acaba sendo bastante criticado por não seguir à risca a estrutura ortográfica.
Esse tipo de diálogo ainda gera bastante discussão, confusão e gritaria entre a galera e entendemos completamente os argumentos de quem se posiciona de maneira oposta. Afinal, muitos estudantes estão levando o diálogo online para textos OFFiciais e acadêmicos, lugares que exigem um certo vigor da norma culta do português.

Apesar de existir um espaço adequado para o internetês ser utilizado, não dá para ignorar a importância desse novo tipo de oralidade dentro dos nossos relacionamentos e entre a sociedade que divide a mesma era que a gente. Já que qualquer língua, em qualquer lugar do mundo, é e sempre será uma metamorfose ambulante para Raul Seixas e seus falantes.

Em 1759, por exemplo, quando Marquês de Pombal implantou a lei que tornou o ensino do português obrigatório no Brasil, as pessoas que não sabiam português começaram a se comunicar através de palavras “aportuguesadas”, ou melhor, “abrasileiradas”.
Daí em diante, gírias e mais gírias foram surgindo. Tanto que após um pequeno período, elas se espalharam por todas as classes sociais, do pé rapado ao engravatado. Por isso, não é incomum você ficar em dúvida entre bolacha e bixxxxcoito, pão e cacetinho, vina e salsicha. Muitos grupos têm seus próprios dialetos.

Seria injusto desmerecer a nossa própria cultura, tal como todo os símbolos como memes, desenhos, emojis, figurinhas e gifs que nos ajudam a expressar emoções para além das palavras. E olha que essa roupagem textual não é nada atual, vem láaaaa da pré-história.

Então, fominhas, que tal se deixássemos a formalidade para outros momentos e tratássemos essa nova etimologia weblística como uma chance de sermos poliglotas dentro da nossa própria língua?
Eu, particularmente, acho que essa habilidade merece até um destaque especial no LinkedIn. Aham, aham, aham!

6 comentários
D/-\v| Fer · 4 04-03:00 julho 04-03:00 2019 às 20:37
Ótimo.
Isso me lembrou do Mussum e lorem ipsum dos devs, mas também da bróca que dá depois de um trampo . 😀
aiqfome · 5 05-03:00 julho 05-03:00 2019 às 09:18
Explica essa da bróca que a gente não entendeu por aqui haahahah
Eu não sou a rubi · 28 28-03:00 maio 28-03:00 2019 às 19:21
Minha gente, a minha crofessora de português do high school era quase formanda em internetês. Tive que fazer vários trabalhos sobre o tema!
aiqfome · 30 30-03:00 maio 30-03:00 2019 às 14:45
Arrasouu! Compartilha o que aprendeu com a gente, precisamos disseminar o internetês 😉
LEONARDO FRANCISCO DA SILVA · 16 16-03:00 maio 16-03:00 2019 às 14:24
Gosto da ideia que vcs abordam, aproximando o cliente de maneira simples e objetiva, com uma linguagem diferenciada e propria.
aiqfome · 22 22-03:00 maio 22-03:00 2019 às 11:03
Que bom que cê curte, Leo! É exatamente isso que a gente quer passar 😉
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